
06 maio Uso de canais digitais e teleatedimento aumentam no Brasil e surgem como alternativa para os negócios
Os efeitos do COVID-19 têm abalado tanto a saúde quanto a economia e afetado diferentes setores do mercado. Diante da luta para minimizar os reflexos negativos desse novo cenário, a tecnologia vem se tornando protagonista e uma ferramenta essencial para vencer desafios e atender diferentes demandas.
A digitalização dos serviços em todo o Brasil se intensifica cada dia mais, e já se tornou uma das prioridades tanto para o setor público quanto para o privado. Segundos dados da Agência do Brasil, o governo federal pretende digitalizar mil serviços até o fim do ano que vem. Se essa meta for alcançada, cerca de 80% dos quase 3 mil serviços públicos estarão disponíveis nos canais eletrônicos.
Que o setor privado é mais avançado nessa transformação digital, nós já sabemos, porém ele também vem sofrendo mudanças e intensificando seu processo de atualização. Muitas empresas hoje já estão reinventando seus negócios e atendendo seus clientes com o uso de internet, apps, bots, entre outros recursos disponíveis.
Exemplos reais do mercado
Os recursos digitais são essenciais para oferecer uma estrutura de atendimento neste período e melhorar a assistência prestada para aos cidadãos. O teleatendimento é um exemplo deste avanço. Importantes serviços que antes da crise eram realizados de forma presencial, hoje ganharam uma versão digital para garantir sua continuidade. Empresas como bancos, clínicas e hospitais, varejo e serviços públicos voltados ao cidadão estão sendo cada dia mais aperfeiçoados.
No setor público, a implantação do TeleSUS, realizado via telefone, chatbot e aplicativo gratuito, já atendeu mais de 5,7 milhões de pessoas. Deste total, 2,4 milhões já foram avaliadas sobre os sintomas do coronavírus, sem sair de casa. Nestes últimos meses, as agências do INSS também priorizaram os atendimentos virtuais para a antecipação do seguro-desemprego, oferecendo diferentes serviços online como cadastros, tratativas, perícias médicas, entre outros.
O Itaú, por exemplo, priorizou a utilização dos canais digitais para o atendimento de pessoas físicas e jurídicas, além de disponibilizar aos seus clientes e segurados consultas via telemedicina para ajudar na manutenção da saúde durante este período. Já a Natura, grande empresa no ramo de higiene e beleza, acelerou a modernização de seu negócio em meio à pandemia do coronavírus, e contabilizou mais de 900 mil pedidos realizados de forma totalmente eletrônica, o que faz com que quase 98% de suas encomendas venham dos canais digitais.
O distanciamento social acelerou ainda mais a digitalização e, sem dúvida, outros avanços no mercado ainda estão por vir. Estas mudanças interferem como um todo na vida da sociedade e não impactam apenas as grandes empresas, mas também os pequenos e médios empreendimentos que precisam se adaptar a esta nova realidade, se quiserem sobreviver. É preciso repensar as estruturas internas, atualizar modelos de negócio e investir em iniciativas que proporcionem maior segurança para os colaboradores e uma experiência diferenciada para os clientes. E a sua empresa, o que ela está fazendo para se adequar a este novo cenário?