
02 jul Transformação Digital no Governo – Conheça os principais desafios enfrentados no processo de digitalização dos serviços públicos
Fechamos o primeiro semestre de 2020 que foi marcado por intensas mudanças e problemáticas enfrentadas em todo o mundo. Com a chegada da pandemia, uma série de reestruturações tiveram que ser feitas para garantir a continuidade dos serviços e do mercado como um todo. O setor público, por sua vez, enfrentou um grande desafio para se adaptar a essa nova realidade, já que antes do COVID-19, boa parte dos serviços ainda eram realizados de forma presencial, e o índice de digitalização das estatais ainda eram muito baixos.
Em abril, cerca de 1 mês após a pandemia ganhar força no Brasil, o governo brasileiro lançou a Estratégia de Governo Digital 2020-2022 publicada no Decreto 10.332 do Diário Oficial da União. Válido para todo o país, o plano tem como foco a digitalização de 100% dos serviços públicos no âmbito federal, para evitar que o cidadão saia de casa e enfrente filas. Com o objetivo de reduzir as aglomerações e consequentemente a propagação do vírus, 156 serviços públicos foram digitalizados entre os meses de março e maio, contabilizando 729 desde janeiro de 2019.
Áreas como o SUS (Sistema Único de Saúde), a Previdência Social, Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já oferecem apoio e serviços realizados por meio de sites e canais digitais. Segundo a Secretaria de Governo Digital, esse processo resulta em uma economia de R$ 2,2 bilhões por ano e aumenta a eficiência dos funcionários. Porém, essa realidade ainda está longe de ser a ideal.
Desafios para a digitalização do setor público
Apesar da digitalização ser uma tendência que não deve retroceder, muitas áreas essenciais para a vida da população ainda continuam descobertas ou com falhas nos serviços. Um exemplo disso é o sistema de educação das escolas públicas que ainda enfrenta grandes dificuldades para continuar suas atividades. Desde março, as aulas foram suspensas e a falta de preparo das instituições de ensino, dos professores e até mesmo a carência de acesso à internet e tecnologia por parte dos alunos, têm sido alguns dos problemas enfrentados.
Em contrapartida na China, cerca de 240 milhões de crianças e jovens conseguiram se adaptar rapidamente ao fechamento das escolas e seguir as aulas remotas, tanto para a educação básica quanto para o ensino superior. No Brasil, segundo o IBGE, apenas 57% da população utilizam computadores e 97% dos brasileiros acessam a internet pelo celular.
Além desses, outros desafios ainda precisam ser resolvidos para a retomada segura e eficiente das atividades presenciais em todo país. Um exemplo disso, é o controle de acesso em locais com muito movimento que já se tornou uma exigência do governo, porém muitos órgãos públicos ainda não aplicaram. Hoje o mercado conta com tecnologias que realizam reconhecimento facial, ajudam na medição da temperatura corporal e ainda conseguem identificar o uso de máscara, agora obrigatório em locais públicos.
Para que a digitalização de serviços públicos realmente venha a funcionar, uma série de avanços ligados à infraestrutura, gestão e até economia, precisam ser realizados. Não basta só virtualizar a conexão, é preciso assegurar a viabilidade das instituições ao alcance de todos.
Reformas para a inclusão
Vale analisar esta nova realidade que estamos vivendo (e que veio para ficar), e refletir sobre todas as melhorias que ainda precisam ser feitas. Só assim vamos conseguir elaborar estratégias mais assertivas, escolher tecnologias mais eficientes e, principalmente, providenciar planos de ação que garantam o acesso de toda a população aos serviços públicos.
Agora, a pergunta que fica é: como será o próximo semestre? O que nos espera até o final de 2020? É preciso reconhecer os erros e acertos, e propor novos caminhos que sejam realmente eficazes e ajudem nesse processo de adaptação.
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