Estudo aponta tendências de digitalização na educação

A pandemia transformou o mundo de diversas maneiras, e quem estiver preparado para a nova era de hiper conectividade e economia digital conseguirá enfrentar melhor os desafios do futuro.

Pelo menos é isso que aponta o estudo “Digitalização, Resiliência e Continuidade dos Negócios: o que aprendemos com a pandemia da Covid-19”, da Cisco, parceira da IT2B.

Baseado em entrevistas com representantes dos setores público e privado, fontes públicas e uma pesquisa primária, o levantamento analisou como quatro setores se comportaram durante a pandemia da COVID-19 no Brasil: Educação, Saúde, Justiça e Governo, e de que forma cada um utilizou ferramentas digitais para auxiliar numa melhor adaptação e maior resiliência.

Confira a seguir algumas tendências de digitalização que deverão influenciar a educação brasileira nos próximos anos.

Impactos da pandemia na Educação

A pesquisa ouviu diversos alunos e professos da rede pública e privada, além de mais de 500 pais de alunos, e mostrou que, na prática, o ensino a distância durante a pandemia acelerou a transformação digital do setor, acentuando a adoção de novas tecnologias.

Em linhas gerais, a conclusão é de que nos próximos anos, a educação básica poderá não ser mais totalmente presencial, mas sim um modelo híbrido entre o presencial e o online, com alguns modelos de educação apontando para o ensino colaborativo baseado em projetos e salas de aula ‘invertidas’.

  • Maior uso das tecnologias digitais na educação básica como legado da COVID-19

Antes da pandemia, o uso de dispositivos eletrônicos em sala de aula era baixo, com 66% e 52% dos alunos da rede pública e privada, respectivamente, não usando nenhum equipamento do tipo. Mesmo com a alta disponibilidade nas escolas, a internet era usada por apenas 34% dos alunos da rede pública e 48% da rede privada antes da crise da COVID-19.

Desde então, o uso da tecnologia cresceu exponencialmente na educação, e agradou a imensa maioria dos alunos, com apenas 2% relatando alguma percepção negativa sobre o assunto.

Para os professores a mudança a longo prazo também foi positiva, por conseguirem flexibilizar suas práticas e, até mesmo, gerar renda extra com cursos online, porém no início da pandemia, mais de 80% declaram não se sentir preparados para trabalhar remotamente.

O principal motivo para isso seria a falta de apoio da administração escolar nesse processo de migração, com destaque para três problemas específicos apontados pelos professores: falta apoio no EAD (75%), falta de apoio pedagógico para conseguir auxiliar alunos (65%) e falta de apoio emocional e psicológico (55%)

Apesar da falta de experiência com ensino remoto, a maioria dos pais (70%) afirmou sentir um alto nível de preparo para ajudar seus filhos com atividades escolares online. Além disso, o índice de pais que ajudam os filhos com o uso de aparelhos eletrônicos e tecnológicos aumentou de 33% antes da crise para 55% durante.

Mais de 80% deles acreditam que após a pandemia deveria haver um aumento de tecnologias no ensino, tendo uma visão otimista de que isso irá de fato acontecer.

De maneira geral, os problemas mais apontados estão relacionados muito mais ao processo de aprendizagem do que no uso de equipamentos e tecnologia.

  • Explosão do EAD no ensino superior e os desafios no ensino público

A forma de fazer EAD tem evoluído juntamente com os avanços da tecnologia, tendo a possibilidade de incorporar recursos mais sofisticados e ferramentas de comunicação próprias para esse fim. Nos últimos anos, essa modalidade de ensino tem tido pleno crescimento, ganhando força em relação ao ensino presencial nas faculdades e universidades, principalmente nas instituições privadas.

Por causa da pandemia, apenas 15% das universidades federais adotaram o EAD de forma emergencial, contra 82% das privadas, uma diferença muito significativa em grande parte pela baixa capacitação e resistência do corpo docente público em relação ao ensino remoto, e pelas condições socioeconômicas desiguais e de acesso a tecnologias de parte dos estudantes. Tudo isso influenciou para a suspensão provisória das aulas, ao invés da adoção ao modelo EAD.

Porém, entre as instituições de ensino superior que fizeram essa migração no formato das aulas, a avaliação da experiência foi positiva para mais de 67% dos alunos.

O estudo da Cisco prevê que a experiência durante a pandemia mostra a importância que o EAD no ensino superior deverá ter no futuro, porém é necessário equilíbrio entre a sua expansão e a qualidade da aprendizagem.

  • Popularização da busca de conhecimento online como maneira de se adaptar à crise da COVID-19

Por fim, os cursos livres, focados em qualificação e habilidades específicas, foram alavancados durante a pandemia, devido ao crescente interesse do público em usar seu tempo livre para aprimorar conhecimentos.

Esta mudança pode ser vista na explosão de pesquisas sobre o tema, como “Aulas gratuitas SENAI”, que cresceram 578%, e “Cursos online gratuitos”, que aumentaram 819%, e também no número de matrículas realizadas em plataformas de aprendizagem, que cresceram 95% na Udemy Brasil, por exemplo.

O levantamento induz que os cursos livres online apresentam características que podem servir de inspiração para a melhoria da educação tradicional, como maior foco na aplicação do conteúdo e maior interatividade.

O futuro da educação será digital

É inegável que a crise da COVID-19 acelerou a Transformação Digital na Educação e que nos próximos anos a tendência seja de crescimento, mas ainda existem muitas barreiras que impedem esse desenvolvimento pleno, como a falta de preparo dos professores, de planejamento pedagógico e de equipamentos de qualidade nas escolas.

A IT2B está preparada para enfrentar os desafios de um “novo normal” digital, por isso oferece ferramentas completas que possibilitam uma gestão escolar muito mais eficiente, produtiva e com rápidos resultados para tomadas de decisões assertivas.

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