Transição dos Modelos de Trabalho – Como será no futuro?

Nas últimas décadas, o mundo do trabalho foi impactado com as evoluções tecnológicas, provocando transformações importantes. Um reflexo desse cenário, foi a inclusão na Reforma Trabalhista de 2017, que trouxe regras específicas e eficazes ao chamado teletrabalho, com a implantação de orientações para a adoção da modalidade.

Com o avanço da pandemia, criou-se a necessidade de isolamento social, o que acarretou o processo de aceleração da transformação digital e inovação em muitas empresas, provocando um cenário instável ao mercado, afetando tanto as empresas quanto os colaboradores.

Por outro lado, as organizações e os profissionais tiveram que se adaptar e desenvolver novas formas de trabalho, criando práticas diárias que suscitam oportunidades para responder e reagir à crise, mobilizando-se com foco na continuidade dos negócios.

Muitas dessas adaptações se mostraram ótimas alternativas, trazendo benefícios mútuos, tanto ao empregador como empregado, sendo uma delas a adoção do modelo de trabalho home office.

No início, a implementação foi desafiadora para muitos líderes e colaboradores, algum tempo depois esse modelo de trabalho passou a apresentar certas vantagens, mostrando-se uma ótima oportunidade de economia para ambos os lados.

Para acompanhar esse novo ritmo, houve a necessidade de buscar rapidamente soluções digitais aos mais diversos desafios da organização, realizar ajustes e correções de rota, trazendo-nos a reflexão: o trabalho remoto funciona e é um modelo eficaz?

No entanto, o home office não elimina os pontos positivos do trabalho presencial, que volta a ser considerado por muitas empresas, diante do avanço da vacinação ao redor do mundo.

Várias pesquisas estão sendo realizadas, buscando entender qual tendência de modelo de trabalho prevalecerá nas organizações. Uma delas do Gartner que apontou que 82% das empresas brasileiras pretendem que seus empregados sigam em home office ao menos uma parte do tempo. Já a pesquisa feita pela Robert Half mostra que 86% dos profissionais gostariam de seguir atuando em casa.

Apesar desses dados serem interessantes, ainda que indiquem um caminho que agrada a empregadores e a trabalhadores, não determinam como será o modelo de trabalho.

Quais as tendências de modelo trabalho nos próximos anos?

Cada organização deve fazer sua análise e definir se deseja seguir em home office 100%, se vai colocar algum setor no modelo de trabalho híbrido ou até se vai retornar para a atuação integralmente presencial.

Independente do modelo de trabalho adotado, há necessidade de ser muito bem planejado para ser assertivo e garantir a continuidade dos negócios, pois trataremos com diversos fatores que influenciarão as operações, as pessoas, os processos.

Para combinar os modelos presencial e virtual no dia a dia corporativo, é necessário repensar os processos de trabalho, planejar o suporte para as equipes e reforçar essa nova cultura. Além disso, é preciso capacitar a gestão para trabalhar remotamente, otimizando o desempenho e a organização das tarefas com clareza na comunicação.

Estamos tratando de uma transição que exige esforço, planejamento e comprometimento, de ambos os lados, empregado e empregador.

Enfim, o mundo corporativo está caminhando para uma estrutura menos hierarquizada e mais colaborativa, os padrões sendo repensados e novas culturas estabelecidas, somos os responsáveis por toda essa revolução.

Teresa Silva
Gerente Recursos Humanos