Gartner aponta principais tendências de TI em 2024 para o setor

Gartner aponta principais caminhos para o setor de TI em 2024 e além

Estamos imersos em uma época em que o ritmo da inovação determina o êxito nos negócios. As empresas que conseguem manter-se na vanguarda das novidades tecnológicas não apenas conseguem sobreviver, mas também prosperar em um cenário cada vez mais dinâmico.

O Gartner, referência mundial em pesquisa e consultoria, lançou recentemente suas previsões estratégicas para 2024, delineando as principais tendências que moldarão o cenário tecnológico nos próximos anos.

Neste artigo, exploraremos essas tendências, destacando como elas têm o potencial de impactar significativamente os negócios e as operações das empresas no mercado de TI.

Inteligência Artificial como pilar econômico

O Gartner projeta que até 2027, o valor da produtividade da Inteligência Artificial será reconhecido como um indicador econômico fundamental. Governos em todo o mundo estão assumindo um compromisso sério com a IA, considerando-a essencial nos setores público e privado. Com isso, estratégias e planos prioritários estão sendo implementados, respaldados por atos e regulamentações para apoiar iniciativas relacionadas a essa tecnologia.

Democratização da Inteligência Artificial Generativa

A democratização da Inteligência Artificial Generativa (GenAI) está no cerne das transformações tecnológicas previstas para os próximos anos. A confluência de modelos pré-treinados em larga escala, computação em nuvem e código aberto está tornando a GenAI acessível globalmente.

O Gartner prevê que até 2026, mais de 80% das empresas terão utilizado APIs e modelos de GenAI. Isso não apenas impulsionará a inovação, mas também democratizará o conhecimento e as habilidades nas empresas.

GenAI e modernização de sistemas

Uma revolução está ocorrendo na modernização de sistemas por meio da Inteligência Artificial Generativa. Até 2027, ferramentas de GenAI serão utilizadas para explicar sistemas legados e criar substituições adequadas, reduzindo os custos de modernização em até 70%.

Os CIOs serão incentivados a estabelecer unidades de teste dedicadas para avaliar os resultados gerados, garantindo uma modernização econômica de suas aplicações.

Respostas sindicais à GenAI

A automação impulsionada pela GenAI é muitas vezes vista como uma ameaça ao emprego, mas até 2028, a taxa de sindicalização entre os trabalhadores do conhecimento aumentará em 1.000%.

Comunicar claramente a intenção de usar IA é crucial para evitar consequências não intencionais, como aumento da ansiedade. Por isso, empresas são aconselhadas a focar na melhoria da produtividade e qualidade do trabalho, não apenas na automação de funções.

Desenvolvimento auxiliado por IA

O desenvolvimento auxiliado por Inteligência Artificial também emerge como uma ferramenta fundamental para engenheiros de software. A capacidade de utilizar tecnologias como GenAI e Machine Learning para aprimorar projetos, codificação e teste de aplicativos promete aumentar a produtividade e permitir que equipes de desenvolvimento atendam à crescente demanda por software de forma mais eficiente.

Combate à desinformação

A desinformação é uma ameaça multifacetada que afeta diferentes áreas de uma organização. Até 2028, as empresas gastarão mais de US$ 30 bilhões no combate a esse tipo de risco, canibalizando 10% dos orçamentos de marketing e segurança cibernética.

O rápido crescimento da GenAI aumenta a preocupação dos reguladores sobre os riscos associados, tornando vital a atenção das empresas a agentes mal-intencionados, reguladores e fornecedores de tecnologia.

Gerenciamento de Confiança, Risco e Segurança da Inteligência Artificial (TRiSM):

Com a ascensão da GenAI, a necessidade de Gerenciamento de Confiança, Risco e Segurança da Inteligência Artificial torna-se ainda mais essencial. Sem diretrizes adequadas, os modelos de IA podem gerar efeitos negativos descontrolados. Por isso, o Gartner destaca que até 2026, empresas que aplicarem controles TRiSM aumentarão a precisão de suas decisões, eliminando até 80% de informações ruins ou ilegítimas.

Gestão Contínua de Exposição a Ameaças (CTEM)

A Gestão Contínua de Exposição a Ameaças (CTEM) surge como uma abordagem pragmática para avaliar e mitigar riscos digitais. O alinhamento dessa gestão com vetores de ameaças revela não apenas vulnerabilidades, mas também ameaças não corrigíveis.

O Gartner prevê que até 2026, empresas priorizando investimentos com base em CTEM poderão alcançar uma redução significativa nas violações.

Expansão do papel do CISO

Pressionados por uma crescente regulamentação e expansão das áreas de ataque, até 2027, 45% dos CISOs ampliarão suas atribuições além da segurança cibernética. Essa expansão permitirá a unificação da gestão de segurança, proporcionando supervisão consolidada do processo de gerenciamento de incidentes em toda a empresa.

Filtros de carisma digital

A utilização de filtros de carisma digital por profissionais atingirá 30% em 2026, proporcionando avanços anteriormente inatingíveis em suas carreiras. Esses filtros melhoram as interações sociais, expandindo o pool de talentos e destacando-se em situações sociais.

Empresas serão encorajadas a pressionar fornecedores para incorporar esses recursos em suas soluções.

Neurodiversidade nas empresas

Até 2027, 25% das empresas listadas na Fortune 500 recrutarão ativamente talentos neurodivergentes. Contratar pessoas com condições como autismo, TDAH e dislexia promove maior envolvimento, produtividade e inovação.

Com isso, as empresas são incentivadas a estabelecer programas de divulgação para descobrir talentos neurodiversos e incluir líderes neurodivergentes em cargos de destaque.

Tecnologia sustentável

A preocupação com o impacto ambiental das tecnologias está em ascensão. A tecnologia sustentável, que abrange soluções digitais para promover resultados ambientais, sociais e de governança (ESG), é destacada pelo Gartner.

Prevê-se que até 2027, 25% dos CIOs terão sua compensação ligada ao impacto de suas práticas sustentáveis.

Machine Customers (Custobots)

A ascensão dos Machine Customers, atores econômicos não-humanos capazes de negociar autonomamente, é uma tendência que deve ser acompanhada de perto. Esse crescimento demandará que até 2026, 30% das grandes empresas tenham canais ou unidades dedicadas para acessar esses mercados, exigindo talentos, habilidades e processos diferentes daqueles focados em clientes humanos.

Até 2028, espera-se que 15 bilhões de produtos conectados ajam como clientes, gerando trilhões de dólares em receitas até 2030. Empresas devem considerar estrategicamente como facilitar esses algoritmos e dispositivos para capitalizar essa nova fonte de negócios.

Robôs na linha de frente

A escassez de mão de obra nas áreas de manufatura, varejo e logística levará a uma realidade em que até 2028, haverá mais robôs inteligentes do que trabalhadores na linha de frente. Uma recente pesquisa do Gartner mostra que 96% dos funcionários de tecnologia da cadeia de suprimentos implementaram ou planejam implementar a automação ciberfísica e 35% já adoram robôs, sendo que 61% já estão em fase-piloto ou no meio da primeira implementação.

Consciência energética

Com infraestruturas de rede limitadas, até 2026, 50% dos membros do G20 enfrentarão racionamento de eletricidade. A consciência energética se tornará uma vantagem competitiva, exigindo que as empresas avaliem seus investimentos para estruturalmente reduzir o consumo de energia e garantir estabilidade no acesso à eletricidade.

Aplicações inteligentes

A era das aplicações inteligentes está chegando, onde a inteligência adaptativa e autônoma impulsionada por IA, como Machine Learning, redefinirá a interação entre usuários e tecnologia. Esta mudança não apenas aprimorará a automação, mas também oferecerá experiências dinâmicas e personalizadas.

Engenharia de Plataformas

A Engenharia de Plataformas surge como uma disciplina essencial para construir e operar plataformas internas de desenvolvimento de autosserviço. Cada plataforma é uma camada, criada e mantida por uma equipe de produto dedicada, projetada para atender às necessidades de seus usuários, interagindo com ferramentas e processos.

Sua adoção terá como objetivo otimizar a produtividade, a experiência do usuário e acelerar a entrega de valor comercial.

Plataformas de Nuvem da Indústria

A adoção generalizada de Plataformas Industriais em Nuvem (ICPs) destaca uma mudança radical na infraestrutura de TI empresarial. Até 2027, mais de 70% das empresas utilizarão ICPs para acelerar suas iniciativas de negócios.

Essas plataformas combinam Software como Serviço (SaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Infraestrutura como Serviço (IaaS), proporcionando uma oferta completa de produtos com recursos combináveis.

Em suma, o futuro da TI está intrinsecamente ligado a capacidade de nos adaptarmos às diversas tendências que surgem quase que diariamente no mercado.

É crucial que líderes de TI e executivos estejam preparados para abraçar essas mudanças, agindo de forma audaciosa e estratégica para garantir o sucesso de seus negócios diante da rápida evolução tecnológica.

Empresas que adotam uma abordagem proativa e estratégica para incorporar essas mudanças se posicionarão para liderar a próxima onda de inovação e prosperar no futuro cada vez mais digital. Conte com a IT2B em 2024 para transformar a sua empresa, acesse!

Fontes consultadas para a elaboração desse texto: Gartner, Channel360, CryptoID.